Sweet Depression

É doce, é uma pressão constante... O blog de uma artista cronicamente deprimida... ou simplesmente deprimente. The blog of a depressive and depressing artist.

10/26/2004

Pássaros / Birds

Lu está: triste

A Lu está triste. A Lu está muito triste.
Hoje apetecia-me escrever imenso, sobre imensas coisas, mas são coisas que não posso partilhar com o blog, por isso deixo para o meu registo pessoal.
Tomei uma decisão e estou triste, mesmo sabendo que é a decisão certa.
Decidi não avançar. Aliás, decidi mesmo retroceder.
Como é que um retrocesso pode ser uma decisão certa?
É.
Estou triste, frustrada, baralhada e acima de tudo, desiludida com a minha pessoa. Parece que quanto mais aprendo, mais erros cometo.
E estou há horas a pensar num provérbio.
«Mais vale um pássaro na mão que dois a voar».
Será sempre assim?

Malditos pássaros. Não sei viver com eles; não sei viver sem eles...


Lu is: sad

Lu is sad. Lu is very sad.
Today I feel like writing so may things about so many facts, but I can't share these things with the blog. So I'll just leave it for my personal journal.
I've made a decision and I'm sad about it, even knowing it was the right decision.I decided not to move on. Actually I decided to go backwards.
How is going backwards a right decision?
It is.
I feel sad, frustraded, confused and most of all, disappointed with myself.
It seems like the more I learn, the more mistakes I commit.
And I've been thinking about a proverb for hours.
«A bird in the hand is better than two in the bush».
Is it always like that?

Damn birds! I can't live with them; I can't live without them...

10/25/2004

Um disparate de homem

Lu está: melhor

No outro dia conheci o Tyler pessoalmente.
Só me apercebi do disparate que ia fazer quando estava quase a chegar ao local marcado. LOL
Sabem que mais? Foi um óptimo disparate.
Tive uma agradável surpresa.
Se ele não era bem o que eu esperava e eu não era nada do que ele esperava, o resto foi o que ambos queríamos: uma conversa agradável que deu para nos conhecermos melhor.
Confesso que a estranha sensação de conhecer pessoalmente alguém da net não me largou, mas a pessoa que reside neste blogueiro vale o sacrifício.
Já sabia que é inteligente, que é culto, que gosta de boa música, etc, mas a presença proporciona outras descobertas, como o sentido de humor, a simpatia, a sonoridade da voz e a expressividade do rosto (sim, Sr. S..., a expressividade não se cinge a fazer caretas!). A Lu está sempre a observar e a ver que rostos é que funcionam bem na telinha... Manias...
Não, não estive muito tempo a analisar isso, senão perdia-me na conversa. Mas é um bonito rosto.
«Hmmm... inteligente, culto, simpático, bonito... Ok, já tem "dona", não é?» - perguntam neste momento as solteiras.
Não tive interesse nenhum em entrar nesse campo, mas pelo que percebi até agora, ele não tem namorada. Nem namorado. :)
Porque é que um homem destes anda por aí a dar sopa? Pois é, meninas, isso é algo que eu também não sei.
Mas alguém assim tem todo o direito de ser rigoroso na escolha, não?
Bem, eu já pareço uma das três deusas...
Anyway, dêm uma espreitadela ao blog dele, que ele gosta de visitas.
Vejam lá é se depois voltam aqui, ok?!

Return to innocense???

Lu está: ainda acordada

Nunca fiz tanta asneira em tão poucos dias.
E nunca me senti tão bem a fazer asneiras.
Estou a regressar à infância.
O pior é que isto não tem piada nenhuma.
Não sei se devo rir, chorar, gritar ou partir a cara de alguém.
Por isso é que vim deixar uma posta.


Lu is: still awake

I've never screwed up so much in such few days.
And I've never felt so good screwing up.
I'm going back to childhood.
What really sucks is that this ain't funny.
I don't know whether I should laugh, cry, yell or break someones face.
That's why I came and left a post.

10/24/2004

Só um pensamento abstracto / Just a random thought

Lu está: lúgubre

Pronto, parem lá de me mandar e-mails e de me chatear no IM. Eu sei que o meu blog tem estado votado ao abandono nos últimos dias. E talvez a Lu também...
O insólito é que não me tem faltado companhia...
A Lu é assim. Quando pensa, escreve; quando pensa demais, nem consegue escrever.
Até já oiço a questão: "Afinal, em que é que tens andado a pensar demais, Lu?"
Nada de especial.
Só um pensamento abstracto.
Às vezes julgamo-nos muito seguros, mas somos tão frágeis que dependemos até de coisas impossíveis para nos sentirmos vivos.
Às vezes precisamos de uma determinada coisa e vamos à procura de outra totalmente diferente que, inconscientemente, pensamos servir como substituto.
Às vezes julgamos ter encontrado o que procurávmos e na verdade agarramo-nos a algo fictício.
Às vezes, não querendo ser usados, acabamos por usar os outros.
Não é que eu conheça alguém assim.
É só um pensamento abstracto...


Lu is: lugubrious

ok, ok, stop sending me e-mails and bugging me on IM. I know my blog has been kinda down lately. Perhaps Lu has been down too...

The funny thing is that I haven't been in a lack of company...
That's Lu: whwn she thinks, she writes; when she thinks too much, she can't even write.
I can even hear the question: "What in the world have you been thinnking about too much, Lu?"
Nothing special.
Just a random thought.
Sometimes we consider ourselves so secure, but we're actually so fragile that we even depend on impossible things to feel alive.
Sometimes we need a certain thing and end up going after a totally different one that we, unconsciously think that will do as a substitute.
Sometimes we think we've found what we were looking for but actually cling on a bogus.
Sometimes, not wanting to be used, we end up using others.
Not that I know anyone like this.
It's just a random thought...

10/20/2004

Ainda os instintos... ou não / Still the instincts... or not

Lu está: reflectindo

Sobre mais uns pós de um fim-de-semana repleto de emoções.
Só agora me deu para escrever isto. (Se tu pensas que é devido à tua pressão, desengana-te)
Há certos abraços com um efeito verdadeiramente medicinal.
E este abraço faz-me desejar outras coisas.
É muito bonito que me dês a honra de avaliar o Longe e o Perto.
É muito bonito que me dês todo esse valor e que vejas em mim o que tantos não viram, o que eu não vi, o que eu se calhar não sou!
Tudo isso é muito bonito.
Mas o bonito pode ser só como os quadros do Klimt, que não podes tocar ou os poemas de Horácio, que não acontecem, por muito que cantes o passado.
E até que ponto temos o direito de querer ser tamanhas obras?
Ainda assim é bom.
É bom morar num abraço onde tu não vês a minha lágrima. Não vês. Ou não percebes.
É bom.
Nem que seja só por um bocadinho...
Sabe bem.


Lu is: reflecting

About more things on the emotions of my weekend.
I only felt like writing this now. (If you think I'm doing it because of your pressure, forget it)
There are certain hugs with a trully healing effect.
And this hug makes me aspire other things.
It is indeed pretty that you give me the honour of assessing Far and Near.
It is very pretty that you give me all that value and see in me things that others haven't seen, things I haven't seen, things that perhaps I am not!
That is all very pretty.
But prettiness can be only like Klimt's paintings that you cannot touch or Horatius' poems that do not happen, for the most you sing the past.
And how much right do we have to aspire to be such works?
Still it is good.
It is good to live in an embrace where you don't see my teardrop. You don't see it. Or you don't understand it.
It is good.
Even if only for a little while...
It feels good.

10/18/2004

Instinto / Instinct

Lu está: muito maternal

Mais um fim-de-semana passou...
E este foi cheio de emoções...
Uma amiga que não via há algum tempo fez anos e eu fui fazer-lhe uma visitinha. A casa cheia de gente, o quarto invulgarmente cheio de gajas. Digo invulgarmente, porque a principal razão da massiva presença feminina era o bebé, filho de uma das amigas. Lindo, lindo, lindo; uma criaturinha adorável, perfeita e angelical, nascida há um mês. Às tantas, a facção masculina juntou-se ao grupo das "rainhas magas", incluindo o orgulhoso pai, que é mais novo do que eu...
E depois (lol, lá estou eu...) há a barriga da minha cunhada, com um Simãozinho cada vez maior e mais preparado para ver este mundo.
Ok, chamem-me tola, mas eu quero o mesmo. Eu quero um bebé. As outras estão a passar-me à frente e eu quero ser mamã!

PROCURA-SE: homem decente e com bom aspecto para me ajudar nesta tarefa. Eu quero um rebento bonito, né? Imaginem que ele não tem a sorte de sair à mãe... :)
Nada de a)velhos, b)pervertidos, c)nerds, d)fumadores, e)bêbados, f)mocados, g)calões ou h)misturas de todas essas personagens. Ah, e acima de tudo que não o faça e desapareça a seguir.

Os candidatos devem enviar CV, foto de rosto e de corpo inteiro para o meu "emílio".

LMAO!


Lu is: very maternal

Another weekend...
This one was full of emotions...
A friend of mine celebrated her birthday, so I went to visit her. The house was full of people and the bedroom was oddly full of gals. "Oddly", because the main reason for the massive feminine presence was the baby, son of one of the friends. He's one month old and like, sooooo cute and adorable and perfect and angelic... Soon, the male section of the guests joined us "magi queens", including the proud daddy, who's younger than me...
And then (lol, there I go...) there's my sister-in-law's womb, with a little "Simon" who gets bigger and bigger and each day more prepared to see this world.
Ok, call me a dork, but I want the same. I want a baby. The other are passing ahead of me and I want to be a mummy!

WANTED: decent good-looking guy to help me on this task. I obviously want a beutiful child. Imagine he/she happens to not be so lucky to resemble me... :)
No: a)creepy old men, b)perverts, c)nerds, d)smokers, e)drunks, f)junkies, g)lazy dudes or h)blends of all those characters. Oh, and most of all, not a guy who makes it and beats it.

The candidates must send CV with headshot and full body picture to my
e-mail.

LMAO!

10/14/2004

New kid on the block

Lu está: contente!

Parece tenho um novo colega de classe! Hoje um moço veio experimentar a minha aula de Dança, que neste momento é unicamente composta por mulheres.
Ainda no outro dia estávamos a recordar, saudosas, o nosso querido F. que saiu da classe há uns poucos anos, está casado, lindo e feliz.
Quando o senhor da secretaria veio avisar que um moço vinha assistir à aula, até batemos palmas de alegria! E, surpresa das surpresas, até fez a aula connosco!
Logo que vi a cara dele, pareceu-me familiar... Depois lembrei-me que era o gajo a quem um dia, há muitos miaus atrás, tive de explicar 5 vezes o que se fazia na associação onde eu estava. É um bocadinho lerdo. Não se pode ter tudo...
Oh, mas que se lixe! É um homem, tem barba! É colírio para os olhos e o elemento chave para um pas de deux.
Não tenho a certeza se ele gostou da aula ou não, mas é bem capaz de entrar. pelo menos, enquanto fizémos enrolamentos e table tops, ele teve uma perspectiva interessante dos nossos traseiros, lol.


Lu is: excited!

Seems like I have a new class mate! Today, a guy came to try out my Dance classe, which currently is exclusively made of women.
Not many days ago, we were remembering our sweet F., who left our group a few years ago, is now married, gorgeous and happy.
When the secetary came into the studio to say that a guy was coming to watch our lesson, we even clapped our hands with joy. And, surprise surprise, he even did the exercises with us!
When I saw his face, it looked familiar... And then I remembered it was the same dude to whom I had to explain 5 times what we did in the association I was in, a long time ago. Yeah, he's a bit slow. Well, one can't have everything...
Oh, but who cares! He's a man, he grows a beard! It's refreshing for the eyes and an important element on a pax de deux.
I'm not sure whether he enjoyed the class or not, but he's probably gonna stay!
At least he had an interesting view of our bottoms while doing back rolls and table tops on the last row...

Pergunta retórica

Lu está: toda baralhadinha e já de saída

Apenas algo que me tem martelado a cabeça todo o dia...
Porque é que as pessoas só acham que falam demais quando dizem a verdade?
Se não tivesse aula de Dança agora, até ficava a cogitar sobre isto. Mas acho que nem há resposta...


Lu is: confused and already leaving

Just something that has been tickling my mind all day...
Why do people only feel like they've spoken too much when they tell the truth?
If it wasn't my Dance class, I'd sit and ponder about this... I don't think there's an answer, though...

10/13/2004

Aspirin(a)

Lu está: ...

Eu estava há uns 3 minutos debaixo daquela estátua que ameaçava cair, 3 minutos que pareciam intermináveis, porque estava sol e estava muito calor e eu estava ansiosa porque era estranho ir ver-te.
Tu vestias um fato de linho claro, tinhas um colar meio amaricado que compraras na "Mauritanea", como insistes em escrever *Isn't it so damn chic like that?* E tinhas pêlos a espreitar à beira do pescoço, no sítio que tinhas libertado do sufoco de uma gravata e nas mãos tinhas uns dedos longos e uma mala e eu pensava "tens umas mãos bonitas, mas eu não te contratava com esse colar abichanado e esse ar de malandro".
E eu comecei a sentir-me mal, porque não bastava o facto de ter ar de miúda e usar uma mini-saia de ganga e umas sabrinas, tinhas tu também um ar muito mais velho do que eu e uns olhos encovados que me intimidavam um pouquinho, mas ainda assim fixei os meus neles, coisa que tu não soubeste fazer e eu mais uma vez perguntei-me porque é que quase ninguém me olha nos olhos se eu até os tenho bonitos.
E depois eu fui comer um gelado de chocolate e sentámo-nos na esplanada onde falámos de trivialidades e da tua entrevista de emprego e eu continuava a pensar se quem te ia contratar teria visto aquele colar tão pouco viril.
E às tantas eu já tinha molho de chocolate no queixo, porque como gelado como os putos com quem trabalho e achei um piadão a isso - e ainda bem que tinha, porque a caminho dos lavabos encontrei os meus primos a quem te apresentei e depois pensei "ufa, agora já não tenho de inventar assunto". E depois achei engraçado como rapidamente trocámos de posições e tu ficaste muito mais acanhado e eu tentava ser simpática, pondo-te a mão sobre o joelho e perguntando se estavas bem.
E depois fomos para o pé do rio, onde falámos longamente e a tarde passou a correr porque eu estava a gostar daquele azul que se estendia do céu até à nossa beira e daquele cheiro e daquele marulhar e tu continuavas a não olhar-me nos olhos, talvez por receio, talvez por encontrares mais interesse nas minhas pernas descobertas e eu resolvi fechar os meus, porque o marulhar sabe melhor assim.
Depois, ensinaste-me a diferença entre o sotaque da tua terra e o de L. e o de B., que para mim soam todos ao mesmo e disseste o quão bom era o teu clube e enquanto eu terminava o meu chá verde e te acenava um adeus no meio da chusma, tu resolveste olhar-me nos olhos, só que com um olhar triste. Ou cansado. Ou enjoado. E eu fiquei a pensar porque é que tinhas ficado assim de repente.

Depois eu estava com uma dor de cabeça, só que a minha mãe e a minha prima arrastaram-me para o shopping e eu pensei que te podia convidar para um chá, para compensar as vezes em que não quis sair contigo. E tu foste ter à livraria e eu larguei a minha mãe e fiquei montes de tempo à tua procura e quando, sobre o meu ombro, me perguntaste se estava perdida, reparei como uns jeans e um capacete na mão te fazem bem mais novo.
E depois fomos ao café e demorou um bocadinho até que tu largasses o folheto e parasses de gozar comigo e começássemos mesmo a falar.
Entretanto eu queimei o meu polegar na chávena de chá e apeteceu-me ser criança e pedir "dá beijinho no meu do-dói", mas depois ias dizer que eu estava muito mais simpática do que o habitual e começar a fazer perguntas sobre isso. Além disso, já é suficientemente pueril regressar aos tempos da primária, em que os meus colegas escreviam textos adoravelmente básicos como este, cheio de "e depois". E tu fizeste-me falar sobre o que é ultrapassar uma depressão e eu saí-me com esta de que ela não se cura como uma gripe e quando senti os olhos a ficarem húmidos, percebi que já estava a falar disso há demasiado tempo e só tinham passado 30 segundos. E aquele ar condicionado começava a ser fresco demais, eu tinha os ombros nus e não usava soutien e pensei "deixem-me sair daqui antes que pensem que estou com tesão".
E depois andámos às voltas, sem rumo, e rimos de coisas como sapatos estúpidos ou do facto de aqui se exporem manequins pretos na montra...
E eu ria-me de coisas sem graça para ser simpática e calava-me quando elas tinham graça, para não parecer demasiado simpática. E só passado um bocado é que percebi como isso era tolo.
E eu ficava atrapalhada de cada vez que exclamavas um "Olá" a um funcionário qualquer e te olhavam de lado, porque era um "olá" impregnado de "Tudo bem? Que bom ver-te!" sem os conheceres de lado nenhum.
E quando me despedi, apeteceu-me afagar-te a face, mas depois pensei "Não, porque ainda não te posso chamar amigo. Desculpa-me por ser tão complicada". Mas no fundo eu estava grata.
Porque aguentaste as minhas neuras, que não foram muitas, mas aguentaste-as e no dia seguinte eras capaz de aparecer na net e dizer coisas como "Então, miúda?" ou "Não me lembro do que disseste" quando eu tentava esboçar um pedido de desculpas.
Porque acho que é nisso que se vê a bondade de uma pessoa; não tanto na sua capacidade de dar o seu sorriso, mas na de dar o TEU sorriso.
E talvez seja por isso que estou a escrever isto às 4 da manhã num papel de rascunho, ou talvez porque sonhei com isto e ainda fiquei 35 minutos a pensar acordada.
E estas coisas surgem encavalitadas, às cambalhotas e eu nem consigo ouvir o meu pensamento, mal consigo seguir o seu ritmo porque nasci para pensar demais e isto faz-me doer a cabeça, tal como doía hoje à tarde quando me obrigaram a ir às compras e eu lembrei-me de te convidar para um café.

No fundo, já sei o que fazer quando tiver uma dor de cabeça.


Lu is: ...

I had been under that statue, which looked like it was about to fall down, for 3 minutes that seemed infinite, because it was sunny and it was hot and I was anxious because it was strange to meet you.
You wore a light linen suit, a faggish necklace you had bought in “Mauritanea”, as you insist on writing *Isn't it so damn chic like that?* And you had hair coming up to your neck, on the place you had relieved from the suffocation of a tie and on your hands you had long fingers and a suitcase and I thought “you have nice hands, but I wouldn’t hire you with that gay necklace and that rascal look”.
And I started feeling uncomfortable, because, not only I looked like a kid and wore a denim mini-skirt and “Audrey” casual shoes, but you also looked a lot older and you had deep sunk eyes that intimidated me a little, yet I stared at them, unlike you and once again I asked myself why in the world nobody looks into my eyes if they are pretty.
And then I went to eat a chocolate ice cream and we sat on the esplanade where we talked about trivialities and your job interview and I kept wondering if the person who was going to hire you had seen that not-so-manly necklace.
And then I had chocolate syrup on my jaw bone, because I eat ice cream just like the kids I work with and I found that so funny – and it was a happy coincidence, because, when heading to the ladies room, I found my cousins and introduced you to them and thought “phew, now I don’t have to make up a lame conversation anymore” and it was funny how we instantly switched positions and you got much shier and I tried to be nice by putting my hand on your knee and asking if you were ok.
And then we sat by the river, where we talked for a long time and the afternoon ran so fast, because I was enjoying that blue that spread from the sky to us and that smell and that gaze and you still didn’t look into my eyes, maybe because you were afraid, maybe because you were more interested in my uncovered legs and I decided to close my eyes, because the gaze feels better like that.
And then you taught me the difference between the accent from your city and the accent from L. and from B. that sounded the same to me and you said how great your team was and whilst I finished my green tea and waved you goodbye from the middle of the crowd, you finally looked into my eyes, but with a sad look. Or maybe it was tired. Or sick. And I wondered why you were looking at me like that, all in a sudden.

And then I had a headache, but my mother and my cousin dragged me to the mall and I thought I’d invite you for a cup of tea to make it up for the times I hadn’t wanted to go out with you. And you were in the book store and I left my mum and it took me a while to find you there and when you asked me if I was lost, over my shoulder, I noticed how you look so much younger wearing jeans, with a moto helmet on your hand.
And we sat on the cafe and it took a while till you dropped the brochure and stopped mocking me and we started actually talking.
Meanwhile, I burned my thumb on the teacup and I felt like being a child and begging you “smooch my sore”, but then you would say I was way more sweet than the usual and start asking questions about it. Besides, it is childish enough to get back to elementary school times, when my classmates wrote adorably shallow essays like this one, full of “and thens”. And you made me talk about what it is like to overcome a depression and I came out with this one that one can’t heal it like a flu and when I felt the moist in my eyes I realized I had been talking about it for way too much time and it had only been 30 seconds. And that conditioned air already felt too cold, my shoulders were uncovered and I was wearing no bra and I thought “let me get out of here before I look like I’m getting horny…”.
And then we walked around aimlessly and we laughed at things such as stupid shoes or the fact that people exhibit black mannequins in shop windows.
And I laughed at things that weren’t funny to look kind and remained silent when they were funny so that I wouldn’t look too kind. And only a while after I realized how dumb that was. And I got embarrassed every time you exclaimed a “Hi” to some random sales assistant and they’d see you like an alien because it was a “Hi” full of “How’s it going? Good to see you!” and you didn’t even know them.
And when I said goodbye, I felt like caressing your face but then I thought, “No, it’s still early to call you a friend. Forgive me for being so complicated”. However, all in all, I felt grateful.
Because you put up with my neurotic behaviour, which is not that frequent, but you do and on the next day you can show up on IM and say stuff like “What’s up?” or “I don’t remember the things you said” when I try to make apologies.
Because I think that’s where you see someone’s benevolence; not on their ability of giving their smile, but on the ability of giving YOUR smile.
Perhaps that’s why I’m writing this at 4:00 a.m. on a draft paper, or maybe because I dreamed about this and spent 35 minutes thinking about it, awake. And these things come up mashed, tumbling down and I can’t even hear my thoughts, I can hardly follow their pace because I was born to think too much and this makes my head hurt, just like this afternoon, when they’ve made me go shopping and I decided to ask you for a cup of tea.

In the end, I already know what to do when I have a headache.

10/10/2004

Fall & Recovery

Lu está: vestida! (quem me conhece bem sabe que isto não é muito normal em casa)

Que giro. Parece que o Outono resolveu chegar. Ontem e hoje, o céu despencou em água. e a noite está mais fria.
Para aquecê-la, tive uma actuação e correu muito bem.
Hmmm... Reparei agora que quem não pesca bolha de Dança Moderna não percebe o trocadilho do título... Ainda assim, mantenho-o por ser tão giro. :)


Lu is: with clothes on! (those who know me well, know it's not very normal, at home)

Mint! Seems like Fall has finally came. It has rained cats and dogs on the last 48 hours and the night is colder.
To warm it up, I had a performance and did great.
Hmmm... I've just noticed that the word game on the title is only perceptible to someone who knows something of Modern Dance. I'll just leave it like it is, 'cause it's so damn cute! :)

10/09/2004

"Vamos, prometo" / "We will, I promise"

Lu está: fazendo de conta que...

- Até quando vais fazer de conta que não se passou nada?
- Estás a falar de quê?
- Arrependes-te?
- De quê?
- Do que fizémos.
- Se dissesse que me arrependo, estaria a mentir, porque foi muito bom. Mas claro que não foi saudável para uma relação de amizade.
- Achas que foi bom? Sabes, a rectidão do que fazes não se avalia pelo prazer que tens... Se não estamos a ser honestos um com o outro, é melhor parar por aqui.
- Estás a querer dizer que não nos devemos ver mais?
- Sim.
- Nem te posso telefonar?
- Estou a falar de cortarmos relações.
- Acho isso uma medida muito radical.
- Mas é a mais honesta. Eu gosto demasiado de ti para te abandonar. Mas também gosto demasiado para estar contigo assim, num faz-de-conta.
(...)
- Eu não gosto de de ver assim. Não te quero ver a chorar. Se é para te ver sofrer, prefiro que deixemos de nos ver por uns tempos.
- Eu não estu a chorar.
- Chama-lhe então o que quiseres. Mas eu não posso ver-te assim.
- Deixa lá, está tudo bem. Amigos? *Não consigo abandonar-te, não percebes? É impossível. É injusto. Para ti e para mim.*
(...)
- Estás triste?
- Não.
- Mas vieste em silêncio o caminho todo.
- Estou bem.
- Então dá-me um beijo grande.
- Na próxima semana vamos à tal exposição?
- Vamos, prometo.

«Desculpa se te fiz sofrer. Vou compensar-te com a minha amizade, Prometo. Cumpro sempre as minhas promessas».
Porque será que não acredito em ti? Porque será que tenho razão? E porque será que ainda assim te quero mudar?


Lu is: pretending...

- How much longer do you plan on pretending nothing happened?
- What are you talking about?
- Do you regret?
- Regret what?
- What we have done.
- If I told you I regret, I would be lying, because I really enjoyed it. But I admit it was no't something heatly to do in a friendhip.
- You enjoyed it? You know, the righteousness of what you do is not assessed by the pleasure you get from it... If we are not being honest to each other, it is better that we stop here.
- Are you trying to say we should not see each other again?
- Yes.
- Can I still call you?
- I am talking about ceassing contact.
- That is a radical mean.
- But it is the most honest. I love you too much to leave you, but I also love you too much to be with you like this, just pretending everything is alright.
(...)
- I do not like to see you like this. I do not want you to cry. If I must have you suffering, I would rather not see you again for a while.
- I am not crying.
- Call it whatever you wish, then. But I cannot see you like this.
- Nevermind. It is alright. Friends? *I cannot abandon you, don't you understand? It is impossible, it is unfair. Both for you and for me.*
(...)
- Are you sad?
- No.
- But you have came all the way in silence.
- I am fine.
- Give be a big kiss, then.
- Are we going to that exibition next week?
- We will, I promise.

«Forgive me if I have made you suffer. I will compensate you with my friendship, I promise. I always accomplish with my promises»
Why cannot I believe you? Why am I right about it? And why in the world do I still want to change you?

Baby II

Lu está: muito tia

A Lu informa os blogoleitores que vai ser tia de um menino, que já tem nome. O rapagão, que já tem cinco meses, vai-se chamar Simão. Aviso também que parto a cara a quem sugerir que o nome tem alguma coisa a ver com futebol. Simão significa pedra e o meu sobrinho vai ser um homem duro como a rocha.


Lu is: a preppy aunt

Lu informs the blog readers that she's about to the aunt of a boy who already has a name. The laddy, who's already five months old since the conception will be named Simão. It means stone and I'm sure my nephew will rock the house!

10/07/2004

Ser amado é uma seca / It's boring to be loved

Lu está: lembrando

Ontem estive a falar durante muito tempo com um amigo. Hoje falei durante ainda mais tempo, mas também disse muito mais baboseiras. Bem, o que interessa é a memória que a conversa de ontem me suscitou.
No meio das suas filosofias baratas, das suas dúvidas existencias e das suas perguntas quase absurdas, o S. lembrou-me de uma outra conversa que tivémos há uns tempos e que teve mais ou menos o mesmo tema das perguntas de ontem. Estávamos a falar de uma pessoa que até já deu pano para muita manga no blog, que na altura estava emocionalmente muito mal; tinha acabado de ter um desgosto "amoroso" (na verdade, aquilo não tinha nada de amor).
O S. é um bocado estranho, mas às vezes diz coisas de jeito. Achei o seu raciocínio interessante, por isso registo-o aqui. Foi mais ou menos assim:

S.: O rapaz ‘tá a preparar-se p’ra fazer alguma coisa estúpida?
Lu: Não, mas aconteceu o que eu temia.
S.: O que é que temias?
Lu: Ele e a outra...
S.: Kaput?
Lu: Sim, kaput, finitto.
S.: Pois, nenhuma gaja gosta de um gajo que chora, a não ser nas novelas.
Lu: (risos) Os homens choram... pelas mulheres que amam.
S.: Se todo o mal do mundo é esse, o rapaz ‘tá bem. O unico remédio é o tempo.
Lu: Alguma vez amaste alguém?
S.: Já amei e já chorei. Mas as gajas não gostam disso.
Lu: (risos) E achas que chorou à frente dela? Ele faz papel de herói; nunca mostra as suas fraquezas!
S.: E achas que ela não se apercebe disso? Nem pareces uma mulher a falar. Se ele não esconder bem as emoções – como é normal num homem – ela apercebe-se logo. E se ele esconder bem demais, ela também o vai achar demasiado distante, frio e pouco apaixonado. Logo, chegamos a mais uma conclusão brilhante: As fraquezas do rapaz são irrelevantes; a única coisa que interessa são as certezas da rapariga. Ou ela o quer e fica com ele ou não quer e kaput. Porque quem escolhe é sempre quem é amado e nunca quem ama.
Por isso é que ser amado é uma seca e amar é fodido. Amar e ser amado pela mesma pessoa é raríssimo de encontrar. Ou sou eu que não tenho sorte nenhuma...
Lu: Ele nem sequer admitiu com todas as letras que a gaja o mandou às malvas. Pôs-se com metáforas, a falar de Aquiles e de Ulisses, bec bec bec...
S.: É a merda das gajas difíceis.
Lu: É a merda das gajas maduras.
S.: Um gajo tem de se esforçar tanto que começa a delirar. (risos)
Lu: Ele não podia esperar muito de uma mulher como ela.
S.: Vê se encaixam: rapaz + mulher = problema. Maturidade não se finge, isso dá sempre merda.


Lu is: remembering

Yesterday I spent a lot of time talking to a friend. Today we talked for even longer, but we had a lot more of shit chat too. What matters now is the memory that yesterday's conversation brought.
In the midst of his cheap philosophies, his odd doubdts and his almost absurd questions, S. reminded me of another conversation we had a while ago, which had more or less the same subject of yesterday's questions. We had been talking about a person who has already filled countless lines on this blog, who was emotionally down by that time - he had just had been heartbroken, although it had few or nothing to do with true love...
S. is quite a weirdo, but sometimes he says some worthy stuff. I found his thought quite interesting, so I leave it here. It was something like this:

S.: Is the boy preparing to do something stupid?
Lu: No, but it happened what I dreaded.
S.: What did you dread?
Lu: He and the other one...
S.: Kaput?
Lu: Yeah, kaput, finitto.
S.: Of course, no chick likes a dude that cries, except on soap operas.
Lu: (giggles) Men do cry... for the women they love.

S.: If the problem is all about that, the boy is ok. The only medicine is time.
Lu: Have you ever loved someone?
S.: I've been in love and I've cried. But women don't like that.
Lu: (giggles) You think he cried in front of her? He plays the role of the hero; he never shows his weakness!
S.: And you think she doesn't realize that? You don't even sound like a woman. If he doesn't conceal his emotions, like most men do, she'll figure it out in a glance. And if he conceals it too much, she'll find him too distant, cold and not very passionate. Therefore, we get to another brilliant conclusion: the boy's weaknesses are irrelevant; the only thing that matters is the girl's certainty. Either she wants and stays with him or she doesn't want and kaput. Because the one who choses is always the one who's loved and not the one who loves. That's why being loved is boring and loving is fucked up. To love and be loved by the same person is something very rare to find. Or I'm just a hard luck lad...
Lu: He wasn't even explicit when saying she dumped him. He started with metaphores, talking about Achilles and Odisseus and whatnot...
S.: That's the problem with tough chicks.
Lu: That's the problem with mature chicks.
S.: A guy has to make such an effort that he starts tripping. (giggles)
Lu: He couldn't expect much from a woman like her.
S.: See if this matches: boy + woman = problem. You can't fake maturity, it always ends up in trouble.

10/06/2004

Fim-de-semana grande / Long weekend

Lu está: com pés e pernas doridos

E Outubro ainda traz o Diabo no ventre... Ainda assim deu para me constipar.
Enquanto muitos aproveitaram o solarengo fim-de-semana prolongado para descansar ou passear (graças à "ponte", que já é apanágio deste País de folgados), a Lu trabalhou.

Foi o Encontro de Dança aqui da terrinha e estive todo o fim-de-semana empenhada a apoiar a organização. Parece que a Comissão Técnica gosta cada vez mais de mim; até me pedem para colaborar nos espectáculos. Como eu não ia actuar em nenhum dos espectáculos, fui, até porque no Domingo, visto ser o espectáculo das crianças, era preciso gerir a miudagem toda nos camarins. Nada que me meta medo; já tenho experiência com putos.

Quando actuo, não tenho tempo nem cabeça para prestar muita atenção aos outros grupos. Este fim-de-semana, porém, como estive nos bastidores (e um pouco por todo o auditório), estive mais atenta ao que se passou em palco e aproveitei para ver o que se tem feito no concelho em termos de Dança.
No Sábado, os grupos dos quais mais esperava desiludiram-me um pouco. Pouca criatividade e técnica em regressão. E se nem os grupos de qualidade estiveram muito bem, imagine-se os restantes. Eu sempre soube do lixo feito em certos sítios por pessoas sem formação e que têm a ousadia de lhe chamar Dança (alguns até adicionam o cognome "Contemporânea", porque é abstractamente mais bonito e camufla um pouco a total ausência de técnica), mas nessa noite houve actuações que conseguiram surpreender-me de tão más que foram! O cúmulo da descoordenação, da falta de harmonia, de presença, de atitude... Muito triste. E até os grupos medianos apresentam sempre a mesma disposição espacial: estática, linear. Não podiam explorar o espaço de uma forma mais original?

No Domingo, vez dos pequenos, a "coreógrafa" do Grupo X deu a cara pela primeira vez. Segundo o que diz a senhora responsável pelo mesmo, as meninas são ensaiadas pela Dinny, a namorada do Melão. E diz isso toda inchada *grande coisa*. A dita moça parece considerar-se muito VIP, visto que nunca apareceu nas reuniões da Comissão Técnica. Desta vez tivémos o prazer de a conhecer. É uma personagem um pouco estranha, ainda mais estranha do que na TV. Parece que levou com um tacho na cara (talvez fosse por isso que usava um chapéu que lhe tapava metade da mesma). E depois usa de uma intimidade inexistente... É "fala, amorr" para aqui, "pra ondji eu levo áis mininas, amorr" para ali... Só comigo é que não ouve "amorr" e acho que por ter sido a única que não lhe arreganhou a taxa. A Lu é sempre a mesma cold bitch... Como esperava, as miúdas não faziam nada de jeito. Eram tipo as Mini Stars a fazer playback. Hello, o objectivo era dançar, não era cantar, remember?! Por isso é que não gosto de usar músicas com voz nas coreografias. É difícil que os miúdos não comecem a cantar em palco.
Quem eu adorei ver foram as pequenas alunas de Dança do Ventre de uma das minhas coreógrafas. Quando soube que ela ia levar miúdas dos 4 aos 10 anos, fiquei curiosa. Não esperava que pusesse gaiatas tão pequenas a fazer Dança do Ventre, quase até melhor do que eu. É certo que de pequenino se torce o pepino e que a Shakira não seria exímia em shimmies se não tivesse aprendido Dança Oriental desde pequena, mas a Dança do Ventre, sendo na sua essência uma dança da fertilidade, requer uma certa maturidade que leva o seu tempo a ser adquirida. Mas as meninas estavam lindas. Algumas delas eram autênticas cobras, super flexíveis e sensuais (ainda que seja totalmente descabido dizer isso relativamente a uma criança). Gostei muito. Foi a sua primeira aparição em público e apesar do nervosismo e inexperiência, safaram-se e improvisaram muito bem quando necessário. Fizeram muito melhor do as suas colegas adultas, na noite anterior. A Dança das Velas não lhes correu muito bem...
Uma das professoras veio ter comigo e perguntou porque não tinha actuado na noite anterior. Enqunto, meio atrapalhada, tentava esboçar uma resposta, ela atirou-me esta: «Agora já não actuam com a ralé?». Fiquei deveras embaraçada. Agora o meu grupo é visto como snob...
Ainda tive a oportunidade de saber que o "professor" da "escola de Dança" Y namora com uma das alunas, uma chavalinha. Que escândalo! LOL

Chega de corte e costura.
O fim-de-semana terminou em beleza com um workshop no feriado. Contemporânea, Barroca, Jazz, Hip Hop e Sapateado. Muito sucintamente:
- Esperava mais da aula de Contemporânea... Não me desafiou muito. Talvez tenha começado a criar mais expectativas desde que fiz um workshop com o William Spencer.
- A Barroca é bonita, mas muito repetitiva e com umas contagens muito maradas. O compasso é ternário, por isso os passos são a 6 tempos e não a 8. Estou tão habituada a contar "5-6-7-8" que algo diferente disso contraria a mente. As Sevilhanas também têm um compasso diferente, mas são fáceis. O Barroco requer uns equilíbrios muito estranhos e é quase todo executado sur les demi-pointes. Provoca cá umas dorezinhas...
- Jazz foi espectacular como só a professora Bibi sabe ser. Teve o bom senso de não nos ter preparado uma aula, mas só uma pequena rotina, muito funky e apelativa.
- Hip Hop... dizem mundos e fundos do Eduardo Silva, mas eu não o achei tão especial. Anyway, I'm not much into it.
- Sapateado foi muito bom. A professora era um pouco estranha, mas fizémos uma pequena coreografia que deu para matar saudades de uma aula muito divertida com o Michel há uns 3 anos.
Resultado de um dia de Dança sem alongamentos no final: músculos bastante presos, mas uma sensação tão boa!

Fim-de-semana grande? Como, se passou tão rápido?

Já agora, parabéns à República Portuguesa.


Lu is: with sore legs & feet

October is still too sunny and warm. Yet, I got a cold.
While many people took the sunny weekend to travel or rest (thanks to an extra day off, due to a national holiday yesterday), Lu had to work.

It was the Dance Meetingf and I was all weekend helping out on the organization. Looks like the Technical Comitee likes me more and more; they even ask for my support on the shows. Since I wasn't performing on any of the recitals, I offered my help on the backstage, mostly because on Sunday, the kids show day, we had to manage all those children in the cabinets. Nothing that scares me; I'm keen on kiddo.

Usually, when I perform, I don't have time to pay attention to other performers. This weekend, though, since I was in the backstage (and a bit all over the theatre), I was a little more focused on what happened on stage and took the chance to see what's been done in the county lately, in terms od Dance.
On Saturday evening, the groups I was expecting more from disappointed me a bit. Lack of creativity and weaker technique, in short words. Now imagine all the others... I've always known about the rubbish that's done in certain places by people with no education who dare to call it Dance (some even add some "Contemporary" to it, because it's abstractly prettier and disguises a bit of the major lack of technique), but that evening there were performances that were so bad they could surprise me! OMG, they were the pitch of clumsiness, lack of harmony, of presence, of attitude... Way sad. Even the no-so-bad groups always show up with the same old space disposal: static, linear. Can't they explore the space with a little more creativity? Gee...

On Sunday, the "choreographer" of the Group X showed up for the first time. She's the girlfriend of a corny pop singer out here and a lame stuck up bitch. She's so full of herself that she doesn't even go to the Tchnical Comitee meetings. This time we got to know her and realize she's quite weird. She's the pseudo-sweet kinda person, except for me, cause she's a bitch, but I'me THE COLD bitch. She didn't like me, heh! As I suspected, her kids sucked ass on stage. They looked like the Pop Idols, except they were doing playback. Hello, the point is to DANCE, not to pretend to SING! That's why I don't like much using songs with lyrics. It's hard for the kids not to sing along and focus more on the words than on the moves. Who I really loved to see were one of my choreographers' little students on Belly Dance. When I knew she was taking girls between 4 and 100 years of age, I got curious. I didn't expect she could put such young children doing Belly Dance, some even better than me. It's true that practice makes perfect the earlier you start, the better you get. Shakira wound't master on shimmies if she hadn't learned Oriental dance since a child, either, but being Belly Dance a fertility dance in its essence, it requires a certain maturity that takes time to get. But the girls were just gorgeous. Some of them were like snakes - super flexible and sexy (even being so ridiculous applying that adjective to a child). i liked it. It was their first public performance and despite being nervous and unexperienced, they coped really well with the situation and improvised just fine when necessary. They did much better than their adult mates on the night before. Their Candle Dance didn't go so well to them...
One of the teachers came to me and asked why I hadn't performed on the night before. While I was trying to make up a valid answer, she threw me this one to the face: «So now you don't perform with the rascals, huh?». That got me really embarassed. Great, now my group is considered a snob one...
Oh, I also found out that the "teacher" of the Y "Dance school" is dating one of his students; she's just a teen! What a scandal! LOL

Nuff of gossip.
The weekend couldn't end better, since I had a workshop on the holiday. Contemporary, Barocco, Jazz, Hip Hop and Tap.
Shortly:
- I had more expectations on the Contemporary class... It didn't chalenge me that much. Maybe I've been expecting too much from it since I had a workshop with William Spencer.
- Barocco is neat, but way repetitive and has seriously weird countings. The pace is trinary, so the steps take 6 times and not 8. I'm so used to count like "5, 6, 7, 8" that something different from that totally confuses me. Sevillanas also have a different pace, but it's easier. Barocco takes a lot of odd balances (and balancés) and most of it is danced sur les demi-pointes. Such a pain on the balls... of your feet.
- Jazz class was as great as only Ms Bibi can be. She was so kind to prepare not a lesson, but only a routine for us; really funky and captivating.
- Hip Hop... people say a lot of good stuff about the teacher who taught us, but I didn't find him such a great thing. Anyway, I'm not much into it.
- Tap was really cool. The instructor was sort of strange, but we did a small choreography to "All That Jazz", which made me remember of a fun class I had with Michel 3 years ago.
Conclusion of a dancing day with no proper stratching at the end of it: sore and stiff muscles, but a hell of a good feeling!

Long weekend? How? To me it went away so fast...

By the way, happy anniversary, Portuguese Republic.

10/02/2004

Forget her... or him?

Lu está: bebendo para esquecer (é só chá verde, ok?)

O álbum "Grace" de Jeff Buckley foi reeditado, com alguns temas inéditos e vídeos. Estive a ver e ouvir "Forget Her".
Lembrei-me de que tenho de esquecê-lo. Mesmo precisando dele, tenho de esquecê-lo.


Lu is: drinking to forget (it's only green tea, ok?)

Jeff Buckley's album "Grace" has been reissued featuring unreleased tracks and videos. I was watching "Forget her"...
It reminded me that I have to forget him. Despite the need, I have to forget him.

Grande novidade... Big deal...

Lu está: pouco surpreendida

Tal como o Filipe, fiz um daqueles testes palermas do quizilla e o resultado foi este. Olha, grande novidade. O meu blog não se intitula Doce De(-)pressão nem nada... :D
Agora a sério, até era das bandas que mais ouvia quando era gaiata. Sempre curti gajos com maquilhagem e ar deprimido/deprimente.

thecure.jpg
You're so depressed... but why? Some people might
call you whiny and annoying, and you are, to
them. You still have people that are willing
to listen to you... right after they've been
dumped.


What band from the 80s are you?
brought to you by Quizilla


Lu is: not surprised

I took one of those silly Quizilla quizzes (credits to Filipe) and the result was this. Big deal... As if my blog wasn't called Sweet Depression... :D
Now seriously, I actually herd them a lot when I was a kid. I've always digged guys with makeup and depressed/depressing faces. ;)

10/01/2004

Tempo quente / Warm weather

Lu está: com calor

Começou o mês de Outubro e o tempo ainda está quente. Hoje por acaso está uma noite mais fresca, mas nos últimos serões tem-se andado bem de manga curta na rua.
Bem diz o povo que Outubro quente traz o diabo no ventre.

Apesar do sol agradável que se fez sentir à tarde, recusei o convite de um sujeito muito querido para um passeio na praia. Inventei uma ida ao médico para recusar gentilmente... pela centésima vez ou coisa que o valha. Ando mesmo sem cabeça para dates.

Passei a tarde a pesquisar umas coisas na internet. 2005 vai ser um ano de grandes projectos e estou a começar a sondá-los agora... Ainda que possam sair furados, sou como o Tyler. Optimista e feliz por isso.


Lu is: feeling hot

It's October and the weather is still warm. Actually tonight is kinda chilly, but the latest evenings have had comfortable temperatures to wear fresh clothes outside. Wise people say that a warm October is always a bad sign.

Despite the pleasant sun in the afternoon, I refused this sweet guy's invite for a walk on the beach. I made up an appointment with the doctor to kindly refuse... like for the hundredth time. I haven't been much in the mood for dates.

I spent the afternoon researching some stuff on the web. 2005 is going to be a year of great projects and I'm starting to plan them now... Even taking the risk of them being deceptions, I'm an optimistica person and very happy to be so.
Lu está: no jornal

Antes de jantar, peguei no jornal e ao folheá-lo deparei com a minha pessoa numa das fotos. Quem bem que estou! lol
Era um artigo sobre os espectáculo da semana passada. Como sempre, os eventos relacionados com a Dança são pouco desenvolvidos na Comunicação Social e dão mais destaque às declarações disparatadas dos VIP's.
A propósito de VIP's, um ilustre vereador foi assistir à minha actuação de Domingo (só para a foto da praxe) e quando o indagámos acerca da sua opinião sobre a mesma, ele disse que gostou muito. Gostou também da Gala da Dança, «principalmente da imitação do cantor» - um parentesis satírico de 3 minutos num espectáculo de 90 minutos. Em todo o espectáculo, o homem só reteve isso. É que, de acordo com a boss da Comissão Técnica, o homem disse o mesmo a toda a gente.
Está mais que visto. Nós da Dança estamos entregues aos bichos.

Potencial

Lu (es)tá: podendo!

Ando a cogitar umas propostas de trabalho interessantes. Nunca fui muito virada para estas coisas, mas parece que alguém viu em mim algum potencial como modelo. É de aproveitar enquanto os meus atributos físicos estão dentro do prazo de validade, lol. É que eu também preciso de comer e o dinheiro "está caro"...

No mundo da Dança também descobriram o meu potencial. Depois de me elogiarem imenso como bailarina, convidaram-me a aderir à Comissão Técnica da Dança aqui da terrinha nas suas reuniões com o objectivo de calar as bocas a certas personae non gratae que lá vão sem ter sequer qualquer noção (obrigada pela achega, Filipe) do que é Dança e da figura que fazem ao "ensinar" os putos. Pretende-se dar à Dança um espaço próprio e uma maior visibilidade e acharam que a Lu tem muito para oferecer nestes encontros. Digam lá, sou boa ou não sou? ;)


Lu is: gooood!

I've been pondering on some interesting work opportunities. I've never been into this kinda stuff, but it seems like someone has found some modeling potential in me. I guess I should take the chance while my physical features don't expire. 'Cause I gotta eat as well and money doesn't grow on trees...

My potential has been recognized in the Dance world too. After being strongly flattered for my dancing skills, I've been invited to join the local Technical Comitee of Dance in the meetings to shut the lame voices of some personae non gratae who show up without even knowing what in the world is Dance or realizing how much of an ass they are when "teaching" kids". The intention is to give Dance its own place and to make it stand out. They found that Lu has a lot to give in these meetings. Am I not a great bitch? ;)

Back to hard technique

Lu está: praticando mais

Depois da agitação dos espectáculos, tenho-me concentrado mais na técnica clássica, porque é a base de tudo o resto... além de ser muito boa para trabalhar os glúteos. :)
Pirouettes, grand battements, grand jetés... Eis o que preciso de melhorar urgentemente. Pude constatá-lo nas últimas aulas de Ballet. Sinto-me deveras estúpida por não conseguir fazer uma pirouette en déhors para a direita, a acabar em troisième com o pé esquerdo devant. Como isto é chinês para a maioria de quem lê este blog (na verdade é Francês), nem vou desenvolver...


Lu is: practicing more

After the fuss of the recitals, I've been focusing more on classic Dance technique, not only because it's the starting point for all the rest but also because it's great for the buns. :)
Pirouettes, grand battements, grand jetés... That's what I have to improve immediatly. I realized that on the last Ballet lessons. I feel utterly stupid for not being able to do a proper pirouette en déhors to the right, ending in troisième with the left foot devant. Uh... Since this sounds like greek to most of you (though it's French), I'm not even saying more...