Sweet Depression

É doce, é uma pressão constante... O blog de uma artista cronicamente deprimida... ou simplesmente deprimente. The blog of a depressive and depressing artist.

7/31/2004

Just completely out of interest...

O tempo: quente e a temperatura é inflaccionada pelo ferro de engomar
Lu está: em maré de inquéritos... ou não

Assim, só por acaso, algum dos blogonautas já experimentou terminar uma relação amorosa e transformá-la numa amizade, quando os sentimentos anteriores ainda estão vivos? Ou seja, ser amigos quando por dentro ainda são muito mais do que isso...
São capazes de me explicar como o fizeram? E se acham que faz algum sentido?
Podem fazê-lo por mail, se quiserem. Se existir alguém assim, claro (o que é difícil).
É mesmo só por curiosidade... ou então não.

7/30/2004

Tcharam!

O tempo: desperdiçado...
Lu está: em maré de mudanças

A Lu teve um vype e resolveu mudar o template deste bloguinho.
Muito sinceramnete, já estava farta daquela côr-de-burro-quando-foge.
Se bem que se coadunava mais com o espírito do blog. Ou não...

"Tia Lu"... soa bem!

O tempo: mais ou menos uns sete meses até...
Lu está: comovida

Pois é, já me ia esquecendo.
Lu anuncia aos caríssimos blogonautas que vai ter um sobrinho ou sobrinha no próximo ano. Que alegria, que comoção!
Estou muito ansiosa por ser tia.
Mas não quero ficar para tia. (no entanto, é o que o futuro parece reservar...)

Cesária who???

O tempo: hot hot hot
Lu está: lolando

Janet Jackson, indagada por um jornalista acerca da música portuguesa:

Conheço pouco, mas há uma artista de que gosto muito. Eu pensava que era brasileira, mas afinal ela canta em Português. Acho que é de África do Sul e chama-se Cesária Évora...
 
Querida, como se diz na tua terra: «no comments!»
Larga os ácidos, tá? Só te fazem mal à carola.


Férias? Quais férias?

O tempo: é pouco, até para bloggar
Lu está: teoricamente de férias

A Lu está teoricamente de férias. Na verdade, está tão cheia de ensaios para este e aquele espectáculo que o tempo de folga é amplamente anulado. Ossos do ofício. Que me manda ser artista? O pior é que eu gosto mesmo desta brincadeira.
Bem, depois de alguns contratempos nos últimos dias, venho dar mais uns carinhos ao meu bloguito.

7/17/2004

O tempo: perdido
Lu está: fula

Tinha acabado de escrever uma posta, mas quando a submeti, a página deu erro. Tudo perdido. Fuck it!
Vou dormir.

... E Zzt!

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juro que parto a cara ao próximo anormal que me disser isso.

Alegrem-se os céus e a Terra...

O tempo: noite nublada
Lu está: aliviada

... que a Lu já tem net em casa. Por enquanto...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Só vim dar conta de que estou oficialmente de... FÉRIAAAAAS!

7/12/2004

:o(

O tempo: muito quente
Lu está: ocupada

Precisamente por estar ocupada só deixo duas curtas ideias.
Primeiro, quero manifestar a minha sincera tristeza por mais duas grandes perdas no panorama nacional. Henrique Mendes, um dos maiores apresentadores desde os primórdios da televisão em Portugal, e Maria de Lurdes Pintasilgo, um grande vulto da política pós-revolução e sem dúvida o maior exemplo da capacidade feminina neste âmbito.

Depois, estou um pouco desiludida com a decisão do nosso Presi quanto ao futuro do governo. Julgo que as suas intenções são boas e que pretende primar pela estabilidade política. Mas depois de sermos "abandonados" pelo antigo PM, devíamos ter o direito de eleger outro, democraticamente. Enfim... God help us. Vamos ter de aturá-los durante pelo menos mais dois anos.

7/07/2004

Ohhhhhhhhh...

O tempo: a porra do ar condicionado continua a incomodar-me
Lu está: desiludida

O que mais me entristece no facto de não termos ganho o campeonato europeu... é não ter tido oportunidade de ver o tal coimbrão em pelota.
Ohhhhhhhhhh!

;oP

Esquemas no Olimpo

O tempo: calor lá fora, mas o maldito ar condicionado pôs a sala gelada
Lu está: sem net

Eu sei que já vou um pouco tarde e não vou acresentar nada de novo a tudo o que já foi dito... Falo da final do Euro. Mas também tenho uma opinião. E este blogginho está aqui para isso. A Lu tem estado sem net em casa e está a escrever-vos de um computador público.
Ok, foi uma pena não nos termos sagrado campeões. Mas também não foi nenhuma tragédia grega. Se não tivéssemos sequer passado às meias finais, ficariam assim tão desolados? Ficámos em 2º lugar, o que já foi muito bom. Do jogo de abertura até à final, toda a gente ouviu falar da selecção portuguesa, que jogou muito bem em todo a competição. Portugal andou na boca do mundo.
Mas claro, até para mim, que não sou nada exacerbada em paixões desportivas, patrióticas e afins, a derrota de Domingo passado teve um sabor amargo. É frustrante perder logo a um passo de ser campeão. Ainda por cima contra os gregos. O Euro foi mesmo um ciclo, começando e terminando da mesma forma. Acho que mais valia termos jogado e perdido contra a República Checa, uma selecção muito mais temerária, com mais atitude de ataque e melhor movimentação em campo. Pelo menos teríamos perdido com uma equipa realmente boa. Agora os gregos... Mas uma coisa é certa: a sua defesa é de se lhe tirar o chapéu. Acho que os Gregos aprenderam bem desde a guerra de Tróia. Basta apertar bem o cerco e ser astuto: a vitória está garantida, mesmo que demore. Neste caso, nem foi preciso haver prolongamento...
Tive imensa pena do benjamim da selecção. Acho que ninguém vai esquecer as lágrimas do Cristiano Ronaldo. Não se podia esperar outra reacção do puto, não é? Os miúdos ficam sempre assim quando perdem :). O Ronaldo ainda tem esperanças de ganhar um campeonato europeu ou até mesmo mundial. É novinho, tem muitos anos de selecção pela frente. Mas para jogadores como o Rui Costa, que fez o seu último jogo a representar Portugal, foi uma triste forma de se despedir destas andanças.
Na segunda-feira, às 13 horas, a primeira coisa que fiz foi ligar a TVI. Tinha de ver que volta é que eles iriam dar para causar sensação. O noticiário começou sem palavras, com uma música deprimente e imagens dos rostos chorosos dos jogadores. Não esperava nada de muito bom, mas também não esperava nada assim tão mau. É mesmo à TVI, a estação dos coitadinhos e dos piegas. Têm sempre de pegar pela ponta da desgraça. Até parece que Portugal não chegou à final, que nenhum dos seus jogadores figurou entre os melhores do Euro ou que a própria organização foi um êxito. Podiam começar com algo que apelasse mais ao nosso orgulho, não? Não, pegam e espetam com uma imagem que quase leva a crer que fomos os desgraçados do Euro.

Duas coisas que me deixaram admirada durante o jogo:
A inesperada incursão de um adepto do Barça na baliza onde nem 11 portugueses conseguiram meter uma pequena bola. O que é que aconteceu às tão bem organizadas forças de segurança? Deixam um homem entrar em campo assim? Acho que até os polícias e stuarts estavam hipnotizados...
Mais alguém reparou que o povo português estava muito menos entusiasmado no Domingo? No estádio só se ouvia a voz dos gregos. Eram 15 mil contra a grande maioria portuguesa. Durante todo o jogo ouviu-se "Helad, Helad", mas pouco "Portugal, Portugal". A certa altura, mesmo antes de ser marcado o golo da Grécia, toda a gente parece ter parado e as vozes gregas abafavam tudo. Pareceu-me geral. Até nas imagens das multidões que assistiram ao jogo noutros pontos do país, as pessoas pareciam apáticas, perplexas. Parece que, durante momentos, os portugueses estiveram sob uma espécie de encantamento. Coisa estranha. O meu pai diz, jocosamente, que foram "os deuses do Olimpo". Se vivêssemos na Antiguidade, haveria mesmo muita gente a crer que tinha sido Zeus e companhia a proteger os gregos. Eu conheço uma pessoa, um pseudo-herói que vive do outro lado do rio, que é capaz de acreditar nisso...

Hoje não vou rever o texto. São horas de almoçar e tenho de me pôr a andar. Até à próxima posta.

7/03/2004

Grandes perdas

Lu está: triste

Hoje foi mesmo um dia de grandes perdas.
Também o mundo das artes, nos campos do Cinema e da Literatura, ficou mais pobre.



Marlon Brando, o grande e controverso galã de Hollywood, partiu aos 80 anos. Imortalizado n'"O Padrinho", sempre ficará na minha memória através do filme "Um Eléctrico Chamado Desejo". Um filme do qual gostei particularmente pois serviu de base de pesquisa para a Blanche na versão teatral da obra de Tenesse Williams.
Foi também um homem que mostrou a sua nobreza através da sua frontalidade e da forma como publicamente abraçou diversas causas importantes.



Na arte da palavra, Sophia de Mello Breyner Andresen, grande escritora de literatura infantil e poetisa portuguesa deixa um brilhante legado de 30 publicações de uma qualidade extrema. Desde pequena que figura na minha curta lista de autores favoritos. Apaixonei-me por ela aos 10 anos, com "A Fada Oriana" e com as suas obras fui crescendo e alimentando o meu gosto pela cultura clássica. O desejo de beber a luz da sabedoria greco-latina é claro na sua poesia.
Até sempre, Sophia.


EIS QUE MORRESTE
Orpheu & Eurydice


Eis que morreste. Mortalmente triste

Divaga a flor da aurora entre os teus dedos

E o teu rosto ficou entre as estátuas

Velado até que o novo dia nasça.



Se nenhum amor pode ser perdido

Tu renascerás – mas quando?

Pode ser que primeiro o tempo gaste

A frágil substância do meu sono.


Sophia de Mello Breyner Andresen (1929-2004)

7/02/2004

Os cromos

O tempo:
Lu está: "cromada"

Ora hoje lá começaram os ensaios para um espectáculo de Dança no qual vou participar em Setembro. Depois de me recompor minimamente da tristeza desta manhã, saí de casa.

O encontro de hoje não foi exactamente um ensaio. Foi mais uma partilha de experiências entre as bailarinas e o coreógrafo para recolher ideias. Ele já nos tinha observado em vídeo, viu o carisma e a linguagem de cada uma; aproveitou alguns movimentos... Hoje foi dia de juntar as primeiras peças do puzzle e fazer experiências.
Pediram-nos para pensar nos cromos com quem convivemos no dia-a-dia. Escolher um. Uma. Colocarmo-nos na sua pele.
Eu escolhi uma colega (fora da Dança, claro) com quem até dá para trabalhar bem... mas que como pessoa é detestável. Sim, Li, eu sei que sabes quem é.... Xiiiu!!! ;)
Juntámos à frase de movimento, expressões, dizeres, posturas e atitudes típicas das nossas cromas de eleição. Eu estava demasiado concentrada a interpretar a minha personagem para reparar no espelho, mas dizem o coreógrafo e a assistente que ficou um efeito excelente.

E vai ser esta a abertura do nosso espectáculo. Vamos mostrar os nossos cromos ao público. E muitos desses cromos estarão lá, na assistência, visto que são pessoas que convivem connosco. Das duas uma: ou são tão cromos que nem se vão rever nos nossos corpos ou têm um pingo de vergonha e hão de se mancar quando nos virem.
Já tinha feito uma experiência semelhante quando andava a estudar Teatro e foi bastante construtiva. Com a maioria dos intervenientes não foi preciso dizer: "olha, este és tu". Para todos, até para o próprio alvo de sátira, era claro como a água. Alguns ainda se pasmaram: "O quê?! Eu sou assim??". Mas todos aprenderam com os outros.

Acho que todos os grupos, os que são obrigados a uma convivência permanente, deviam fazer isto, pelo menos uma vez. Não devia ser só uma "brincadeira de artistas". Famílias, PMEs, turmas académicas, grupos de trabalho, círculos de amigos, todos deviam experimentar isto. Eu sei que parece ridículo, mas é também através do ridículo; de observar o nosso próprio grau de ridicularidade que aprendemos e nos construimos uns aos outros. É mostrando os hábitos, os defeitos, os tiques, as características do outro que o fazemos cair em si e melhorar, se necessário. E vice versa. Esta é simplesmente uma maneira diferente e mais criativa do que simplesmente falar ou apontar o dedo. E sem dúvida a mais explícita.

"... how fragile we are..."

O tempo: Neste mundo? É tão curto...
Lu está: triste

Triste dia.
Hoje faleceu a minha vizinha. Uma pessoa com quem sempre convivi como se fizesse parte da minha família. Uma senhora com uma calma contagiante, que sempre me recebeu bem. Tinha 90 anos. Mas que diferença faz? Nunca se é velho demais ôu novo demais para viver. Ou para morrer.
O sofrimento da filha e dos netos é desconcertante, inquieta-me. Mal tive cabeça para ir ao ensaio esta manhã. Mas lá fiz um esforço, porque era o primeiro, e fui.
Telefonei aos meus pais e ao meu irmão. Também eles ficaram abalados; também eles tinham muito afecto por ela.

Dei por mim com um rol de questões na mente...
Se é a morte a única coisa certa e previsível desde o início da nossa existência... porque é a mais mais difícil de aceitar? Desde a concepção, não se sabe nada do que será a nossa vida, não se pode planear nada com absoluta certeza. A única certeza que temos é que um dia, só Deus sabe quando, havemos de morrer.
Então porque é que não nos conformamos? Porque é que esta dor é tão forte que supera todas as que temos ao longo da vida?
Os humanos - ou melhor, os seres pensantes e emotivos - são ainda mais complexos do parecem.
Somos tão frágeis perante as fatalidades...
Somos tão frágeis perante a morte...


Música para agora: "Fragile" - Sting

"Checo-mate"

O tempo: arrefeceu, brrr...
Lu está: curiosa

Os filhos de Hélade lá chegaram, viram... e venceram. Contra as expectativas de muitos que esperavam ver a favorita República Checa debater-se contra Portugal na final do Euro, os gregos venceram mais uma prova que se revelou quase tão dura quanto a Guerra de Tróia. Phewww... Já estava a ver que era mais um jogo a resolver com penalties.
Vai ser bom tentar a desforra no Domingo e ver que Euro termina como um bonito ciclo: do mesmo modo como começou. Bem, pelo menos com as mesmas equipas.
Por outro lado, tive pena dos checos. Estavam inconsoláveis e com razão. Eu até gostava que eles passassem; a final seria muito mais excitante. Os helénicos só jogam pelo resultado, não fazem um futebol muito estético (se é que o adjectivo é aplicável a este desporto). O que é certo é que o futebol é um espectáculo e como tal teve ter bons "artistas".
Domingo lá estarei a curtir o meu sol e verei a "batalha" contra os gregos. Imaginem onde... Em Tróia, pois claro, a dois passinhos de Setúbal. :)

No noticiário, vi imagens da festa que se fez não só entre os portugueses aqui e no resto do mundo mas também entre os que, não sendo portugueses, sentem alguma ligação com o povo luso. Confesso que fiquei comovida ao ver a Eu(ro)foria dos timorenses, felizes com a vitória de Portugal. Parece que os laços de amizade são atados reciprocamente. É bonito de se ver.

Porque está a Lu curiosa? Uma certa pessoa a quem chamo "amigo" (com cada vez menos convicção), disse-me «temos de falar». E deixou em suspenso. Quando ele fala assim, o assunto é geralmente sério. E raramente agradável...

7/01/2004

Tudo ao léu

O tempo: custa a passar. Nunca mais é Sábado!
Lu está: assoberbada... mas mesmo assim blogga.

Há um homem de Coimbra que saiu à rua em cuecas para festejar a passagem da selecção à final do Euro 2004. Prometeu sair em pelota se formos campeões europeus.
Ainda bem que é um homem muito giro (pelo menos do pescoço para baixo)!
Portanto, é bom que a selecção ganhe mesmo o desafio de Domingo. :D

Com'é, Tugas? Fazem esse favor às filhas do Mondego? ;)