Sweet Depression

É doce, é uma pressão constante... O blog de uma artista cronicamente deprimida... ou simplesmente deprimente. The blog of a depressive and depressing artist.

6/13/2005

Mellow Monday

Lu está: moody

A pior parte de um fim-de-semana prolongado... aliás, de qualquer fim-de-semana...







é quando ele acaba. Raios partam os dias úteis!


Ouvindo: "Mello(w)" by Cool Hipnoise

6/12/2005

Pratos limpos

Lu está: lavando a loiça

Não há nada como colocar as coisas em pratos limpos, como resolver os nosso problemas e diferenças com as pessoas de quem gostamos numa boa e france conversa.
Nos últimos dois dias expus e debati problemas que estavam a aafectar as minhas relações com duas pessoas. Estavam a incomodar-me bastante e tornava-se insustentável contorná-los com conversas esquivas. É que são pessoas de quem gosto.
A franqueza é sempre o caminho. Não é omitindo os problemas que os resolvemos. É enfrentando-os.
Por isso estou contente com o meu pequeno feito. Estou contente porque estas pessoas se deram ao trabalho de me ouvir de se explicar e de fazer um esforço para não repetir os erros.

Citando, mais uma vez o meu amigo Tyler, a sinceridade é, seguramente, o melhor caminho. Fugir ao diálogo, deixar que as coisas se resolvam per si (sic), não pode ser solução.

É mesmo isto. Dialoguem. Ponham sempre as coisas em pratos limpos, caros leitores.

Por falar em diálogo e pratos limpos... Porque não vão pôr a conversa em dia? E sujar o prato com umas sardinhas? É noite de Santo António, o que estão a fazer em casa? Especialmente para os descomprometidos, é a noite mais abençoada para arranjar namoro...

Ah, a Lu não está a lavar a loiça. A máquina de lavar ofereceu-se para fazer o serviço e por isso é que estou a postar.
Bom, fui (arranjar um namorado... ou não)!

6/10/2005

Forte, real

Lu está: aliviada

Ele deu notícias. Fui ter com ele. Apareceu-me com menos 14kg e muito mais humildade. Ouvi o que tinha para me dizer. Metade do que ouvi não era novidade. O resto foi um passado que sempre desconheci e que ele sempre insistiu em ocultar.
É realmente uma pessoa sombria que a vida insiste em escurecer mais...
Não sei porquê, mas nada do que me disse mudou a minha opinião, os meus sentimentos.
- Não vais dizer nada?
- Enquanto fores quem és, terás o significado que agora tens para mim - foi o que consegui dizer antes de ele aninhar a cabeça no meu colo, como uma criança, repetindo «obrigado, obrigado».
Acho que é este o poder da amizade, das emoções fortes e reais.
É, com palavras, fazerem o teu coração desmanchar-se em lágrimas de desilusão. E ainda assim conseguires colar os cacos com um abraço que gostavas que não acabasse.

Viva o grande poeta Camões. Viva Portugal e os portugueses. É uma péssima altura para se dizer isso com alguma sinceridade, mas mesmo sendo um país à rasca, nunca seremos um país rasca. Perdoem o cliché. Forte, real. Assim seja o nosso Portugal.

6/04/2005

Lu está: babysitting

Mais um serão a tomar conta do sobrinho. O meu irmão levou a mulher para jantar fora e o menino cá ficou. Não fosse o meu afilhado um anjinho e o meu serão seria bem mais aborrecido.
Acho que a Billie Holiday ajudou-o bantante a sossegar. Pus um CD dela a tocar e ele parece gostar. Tão novinho já cheio de bom gosto musical. Também é uma criança que se habituou a ouvir os ensaios e actuações do pai e da tia ainda dentro do ventre da mãe. Com isto não estou a querer dizer que ouvir-me cantar é uma questão de bom gosto. Na verdade, é mais uma questão de boa vontade... ou não.
A Billie cantava e eu embalava o menino que olhava para mim fixamente. Muito gosta ele de me observar. E o que ele sorri!
Não gosto é do hábito que ele tem de me beliscar os mamilos quando estou com ele ao colo. Ou me identifica muito com a mãe ou está a caminho de se tornar um safadinho.
Música do momento: "God Bless the Child" - Billie Holiday

6/01/2005

Putos

Lu está: putativamente tranquila

E pronto, lá se foi o sonho da "dobradinha"...
Eu cá sempre a preferi com feijão branco e umas rodelinhas de bom chouriço, portanto, não me fez grande diferença.
A propósito disso, a Lu começou uma dieta. «Mas a Lu não diz ser uma skinny bitch?» - perguntam os caros leitores. E é. Esta dieta é precisamente para ganhar mais uns quilinhos (transformando-os em massa muscular, claro). Quero incrementar isso e a hidratação geral do meu corpo. Para quem não gosta de água, é um trabalho hercúleo.

O Tyler está de partida, para dar mais um passo a caminho de (um dos) seu(s) sonho(s). Apesar de às vezes merecer uns puxões de orelhas, merece também que lhe desejemos bonne chance, porque é o que merecem os que não se cansam de evoluir. Torçam por ele, tá?

A todos os leitores assíduos do Doce-de-Pressão, que, por serem assíduos num blog como este não devem ter mais do que 12 anos, votos de um feliz Dia Mundial da Criança.

5/26/2005

Sleeping (not so) tight

Lu está: ainda a cair de sono

Lá se foi um belo feriado de sol em que a Lu não saiu de casa. O meu irmão e a minha prima decidiram fazer um "double date" - juntamente com os seus respectivos, claro - então os dois casais vieram deixar a sua prol cá em casa, para irem ao cinema. E cá ficaram o sobrinho e a priminha.
Tivesse eu com quem projectar a minha própria prol e já não seria tanto o primeiro recurso a ponderar nestes casos...
Não bem sei porquê, mas às vezes a minha mente é trespassada pela possibilidade (remota ou não) de ser sempre a tia solteirona. Provavelmente é descabido, mas isto são resquícios de uma catrefada de sonhos que me povoaram o sono durante o dia de hoje...
Com ou sem os bebés cá em casa, com ou sem o sol que arrastou os meus amigos para as praias, o dia de hoje só me deu para isto: dormitar.

Fora de mim

Lu está: perfeita

A Lu foi ao Teatro com amigos, ver um grupo de Teatro académico. Foi engraçado. Uma peça experimental, alternativa. Um texto intencionalmente a roçar o absurdo, um pouco ao jeito de Ionesco. A coreografia, por coincidência, feita por uma ex-colega que já não lhe fala há canos. Uma encenação que deixou a desejar, que não se adaptou totalmente ao ambiente que lhe foi imposto e que consequentemente perdeu uma parte da dinâmica que poderia ter. Mas foi giro. No final, foram a um bar onde se demoraram a dissertar sobre filosofia clássica; Caos e criação; deuses, heróis e inspirados; hipócritas divinos e cínicos humanos... Quando perderam o seu fio-de-ariadne e aumentaram o volume das vozes é que os tomaram por loucos. É que, antes disso, os outros clientes ainda não o tinham constatado.

Citação do dia: «Não será a loucura um estado avançado da perfeição?»