Cócegas nos pés / Tickly feet
Lu está: de chinelos e ouvindo Dance Music reles
Já estava mais do que na altura de actualizar isto... Parece que desde que passei por algumas alterações a nível pessoal e profissional perdi muita da vontade de ter isto sempre fresquinho e a brilhar...
O que há de novo na vida da Lu? Bom, de regresso ao meio social (sim, porque eu congelei esse parâmetro da minha vida durante uns tempos, como já vem sendo hábito na minha vida), voltei a reunir-me com os meus colegas de banda - sim, a Lu também canta... ou faz de conta que canta - para um pequeno evento que ouve. Acho que não correu mal. O primeiro lugar não é nada mau... :-D
No emprego, um colega começou a nutrir um fraquinho (ou forte?) por mim. Deu em escrever-me umas frases lamechas e, de vez em quando, lá me aparece um bilhetinho em cima da secretária. Todos os dias cumprimenta-me calorosamente, dizendo como estou linda (mesmo quando chego mal-humorada e com olheiras... o que acaba por ser um óptimo bálsamo para o ego) e só me chama "Princesa". O curioso é que este homem mal me conhece e a primeira frase que ele me dirigiu na vida foi «Convencida!»...
Passo a explicar:
Um dia destes, no meio do aglomerado que geralmente se forma no hall do edifício, o tal colega estava, por acaso, mesmo atrás de mim. Mas mesmo, mesmo atrás de mim. Virou-se para outra colega e, por algum motivo sobre o qual eu não estava contextualizada, perguntou «Sabes quem eu sou?». Como ouvi tal pergunta mesmo atrás da minha orelha e até sou um pouco atrevida, virei-me para trás e disse «Não, não sei, mas podes dizer-me». Disse-o sem qualquer malícia, mas isso despoletou um sorriso da parte dele. «Sou o J.F.». Dando-lhe um aperto de mão e correspondendo ao sorriso, disse «Muito prazer, J.F., eu sou a Lu». E assim começa a história de um "Olá!" efusivo de cada vez que ele passa por mim.
Dizer que sou gira até se compreende [Hah! e admiras-te que ele te tenha chamado convencida, Lu!]. Dizer que sou simpática é estranho o suficiente - não queiram conhecer o feitio da Lu pessoalmente; este conselho é o único gesto de simpatia para com os meus leitores. Agora escrever as pieguices que ele me escreve é demais. É certo que ele se limita a escrever clichés, lugares-comuns, frases batidas, mas sempre que fala comigo, este meu colega diz sempre que escreve com a maior sinceridade.
Não percebo estes homens. Não ME percebo. O que é que eu tenho que atrai as pesoas mais estranhas à face desta terra?
Bom, o J.F. já não está na mesma sala que eu, por isso já nos cruzamos com menos frequência. Alteraram as minhas funções na empresa, por isso mudaram-no de piso. Aliás, mudaram todos os meus colegas favoritos de piso. Mudaram inclusive o T.J., o que me deixou muito mal-humorada durante esta semana. Comecei a dar-me muito bem com ele. É um homem super calmo, discreto, mas muito acessível e tem um sentido de humor muito apurado. Aliás, tem um estranho sentido de humor e é provavelmente a única pessoa naquele sítio que entende o meu sentido de humor. Acho que é por isso que nos damos tão bem. Na semana passada, fui ao Teatro com ele - ele foi a primeira cara que avistei assim que tirei os olhos do programa do auditório em questão - e revelou-se uma excelente companhia. Há pessoas que simplesmente "clicam" e outras que não...
Sem o T.J. por perto, o trabalho vai ser (ainda mais!) aborrecido. Resta-me o coffee break para conversar com ele.
Estou a ouvir Dance Music e a sentir cócegas nos pés. De repente, senti uma saudade dolorosa da L. e das noites que passávamos a beber uns copos, dançar, rir e partir uns corações... Lembranças de um tempo em que tudo era perfeito, ou parecia ser. E esse tempo parece incrivelmente remoto. Que IRÓNICO... (caps lock dedicado à minha prima M., com quem hoje tive uma interessante conversa sobre a ironia)
Música para agora: "Filthy Gorgeous" - Scissors Sisters (Paperfaces remix)
Frase do dia: «Estou sempre certa. Mesmo quando estou errada»
Lu is: in bedroom slippers and listening to cheap Dance Music
It's about time I updated this thing... Seems like since I've gone through some personal and professional changes, I lost a lot of my will to keep this neat and tidy...
What's new in Lu's life? Well, back to the social circle (yeah, 'cause I had frozen that field of my life for a while, as it's been usual in all these years), I got together with my band mates - yeah, Lu also sings... or pretends to sing - for a small showcase there was. I think it was ok. After all, first praze isn't bad at all... :D
At my job, a co-worker is growing a (major?) crush for me. He started writing me these cheesy love words and every now and then I see a little note on my desk. Every day he greets me with excitement, saying how gorgeous I look (even when I arrive feeling and looking like crap... which ends up being an effective balm for the ego) and only calls me "Princess". The funny thing about it is that this guy barely knws me and the very first sentence he told me was «Conceited!»...
I'll explain:
Õne of these days, in the middle of the small crowd that usually forms in the building's hall, this guy happened to be right behind me. I mean, really right behind me. He turned to another co-worker and, for some reason that was not my business, he asked «Do you know who I am?». Since I heard that question coming from right behind my ear and I'm somewhat cheeky, I turned around and said «No, I don't, but you can tell me». I said it spontaneously, with no bit of mischievousness, but that made him smile with surprise. «I'm J.F.». I gave him a hand-shake and reciprocated the smile «Nice to meet you, J.F., I'm Lu». And so started the story of a happy "Hello!" each time he walks by me.
Saying I'm good-looking is understandable. [Hah! And you're surprised that he called you conceited, Lu!]. Saying I'm nice is strange enough - don't you wish to meet Lu's temper in person; this advice is my only frindly gesture to my readers. But writing the corny stuff he writes me is a little too much. Sure, he just writes clichés, common sense phrases, but everytime he talks to me, this guy says he writes from the bottom of his heart.
I don't get these men. I don't get myself. What do I have that attracts the weirdest people on this earth?
Well, J.F. is no longer in the same office I'm in, so we don't see each other that often anymore. The bosses changed my functions in the company, so they sent him to another floor. Actually, all my favourite co-workers were sent to another floor. They've even moved T.J., which got me really upset during this week. I started getting along pretty well with him. He's a very calm, discrete man, but very easygoing and has an acute sense of humour. As a matter of fact, he's got a starnge sense of humour and is probably the only person on that place that understands my sense of humour. I think that's why we get along so well. Last week I went to see a Theatre play with him - he had been the first face I saw right after I turned my eyes away from the auditorium's program - and he proved to be a splendid company. Some people "click" and some just don't...
Without T.J. around, the work will be (even more!) dull. The coffee break is the time I have left to chat with him.
I'm listening to Dance Music and feeling my feet tickly. Suddenly, I felt this extreme nostalgia about L. and the nights we spent having some drinks, dancing, laughing and breaking some hearts around... Memories of a time when everything was perfect or looked perfect. And that time seems incredibly far, now. How IRONIC... (caps lock dedicated to my cousin M., whith whom I had an interesting conversation about irony, today)
Theme for now: "Filthy Gorgeous" - Scissors Sisters (Paperfaces remix)
Quote of the day: «I'm always right. Even when I'm wrong.»
Já estava mais do que na altura de actualizar isto... Parece que desde que passei por algumas alterações a nível pessoal e profissional perdi muita da vontade de ter isto sempre fresquinho e a brilhar...
O que há de novo na vida da Lu? Bom, de regresso ao meio social (sim, porque eu congelei esse parâmetro da minha vida durante uns tempos, como já vem sendo hábito na minha vida), voltei a reunir-me com os meus colegas de banda - sim, a Lu também canta... ou faz de conta que canta - para um pequeno evento que ouve. Acho que não correu mal. O primeiro lugar não é nada mau... :-D
No emprego, um colega começou a nutrir um fraquinho (ou forte?) por mim. Deu em escrever-me umas frases lamechas e, de vez em quando, lá me aparece um bilhetinho em cima da secretária. Todos os dias cumprimenta-me calorosamente, dizendo como estou linda (mesmo quando chego mal-humorada e com olheiras... o que acaba por ser um óptimo bálsamo para o ego) e só me chama "Princesa". O curioso é que este homem mal me conhece e a primeira frase que ele me dirigiu na vida foi «Convencida!»...
Passo a explicar:
Um dia destes, no meio do aglomerado que geralmente se forma no hall do edifício, o tal colega estava, por acaso, mesmo atrás de mim. Mas mesmo, mesmo atrás de mim. Virou-se para outra colega e, por algum motivo sobre o qual eu não estava contextualizada, perguntou «Sabes quem eu sou?». Como ouvi tal pergunta mesmo atrás da minha orelha e até sou um pouco atrevida, virei-me para trás e disse «Não, não sei, mas podes dizer-me». Disse-o sem qualquer malícia, mas isso despoletou um sorriso da parte dele. «Sou o J.F.». Dando-lhe um aperto de mão e correspondendo ao sorriso, disse «Muito prazer, J.F., eu sou a Lu». E assim começa a história de um "Olá!" efusivo de cada vez que ele passa por mim.
Dizer que sou gira até se compreende [Hah! e admiras-te que ele te tenha chamado convencida, Lu!]. Dizer que sou simpática é estranho o suficiente - não queiram conhecer o feitio da Lu pessoalmente; este conselho é o único gesto de simpatia para com os meus leitores. Agora escrever as pieguices que ele me escreve é demais. É certo que ele se limita a escrever clichés, lugares-comuns, frases batidas, mas sempre que fala comigo, este meu colega diz sempre que escreve com a maior sinceridade.
Não percebo estes homens. Não ME percebo. O que é que eu tenho que atrai as pesoas mais estranhas à face desta terra?
Bom, o J.F. já não está na mesma sala que eu, por isso já nos cruzamos com menos frequência. Alteraram as minhas funções na empresa, por isso mudaram-no de piso. Aliás, mudaram todos os meus colegas favoritos de piso. Mudaram inclusive o T.J., o que me deixou muito mal-humorada durante esta semana. Comecei a dar-me muito bem com ele. É um homem super calmo, discreto, mas muito acessível e tem um sentido de humor muito apurado. Aliás, tem um estranho sentido de humor e é provavelmente a única pessoa naquele sítio que entende o meu sentido de humor. Acho que é por isso que nos damos tão bem. Na semana passada, fui ao Teatro com ele - ele foi a primeira cara que avistei assim que tirei os olhos do programa do auditório em questão - e revelou-se uma excelente companhia. Há pessoas que simplesmente "clicam" e outras que não...
Sem o T.J. por perto, o trabalho vai ser (ainda mais!) aborrecido. Resta-me o coffee break para conversar com ele.
Estou a ouvir Dance Music e a sentir cócegas nos pés. De repente, senti uma saudade dolorosa da L. e das noites que passávamos a beber uns copos, dançar, rir e partir uns corações... Lembranças de um tempo em que tudo era perfeito, ou parecia ser. E esse tempo parece incrivelmente remoto. Que IRÓNICO... (caps lock dedicado à minha prima M., com quem hoje tive uma interessante conversa sobre a ironia)
Música para agora: "Filthy Gorgeous" - Scissors Sisters (Paperfaces remix)
Frase do dia: «Estou sempre certa. Mesmo quando estou errada»
Lu is: in bedroom slippers and listening to cheap Dance Music
It's about time I updated this thing... Seems like since I've gone through some personal and professional changes, I lost a lot of my will to keep this neat and tidy...
What's new in Lu's life? Well, back to the social circle (yeah, 'cause I had frozen that field of my life for a while, as it's been usual in all these years), I got together with my band mates - yeah, Lu also sings... or pretends to sing - for a small showcase there was. I think it was ok. After all, first praze isn't bad at all... :D
At my job, a co-worker is growing a (major?) crush for me. He started writing me these cheesy love words and every now and then I see a little note on my desk. Every day he greets me with excitement, saying how gorgeous I look (even when I arrive feeling and looking like crap... which ends up being an effective balm for the ego) and only calls me "Princess". The funny thing about it is that this guy barely knws me and the very first sentence he told me was «Conceited!»...
I'll explain:
Õne of these days, in the middle of the small crowd that usually forms in the building's hall, this guy happened to be right behind me. I mean, really right behind me. He turned to another co-worker and, for some reason that was not my business, he asked «Do you know who I am?». Since I heard that question coming from right behind my ear and I'm somewhat cheeky, I turned around and said «No, I don't, but you can tell me». I said it spontaneously, with no bit of mischievousness, but that made him smile with surprise. «I'm J.F.». I gave him a hand-shake and reciprocated the smile «Nice to meet you, J.F., I'm Lu». And so started the story of a happy "Hello!" each time he walks by me.
Saying I'm good-looking is understandable. [Hah! And you're surprised that he called you conceited, Lu!]. Saying I'm nice is strange enough - don't you wish to meet Lu's temper in person; this advice is my only frindly gesture to my readers. But writing the corny stuff he writes me is a little too much. Sure, he just writes clichés, common sense phrases, but everytime he talks to me, this guy says he writes from the bottom of his heart.
I don't get these men. I don't get myself. What do I have that attracts the weirdest people on this earth?
Well, J.F. is no longer in the same office I'm in, so we don't see each other that often anymore. The bosses changed my functions in the company, so they sent him to another floor. Actually, all my favourite co-workers were sent to another floor. They've even moved T.J., which got me really upset during this week. I started getting along pretty well with him. He's a very calm, discrete man, but very easygoing and has an acute sense of humour. As a matter of fact, he's got a starnge sense of humour and is probably the only person on that place that understands my sense of humour. I think that's why we get along so well. Last week I went to see a Theatre play with him - he had been the first face I saw right after I turned my eyes away from the auditorium's program - and he proved to be a splendid company. Some people "click" and some just don't...
Without T.J. around, the work will be (even more!) dull. The coffee break is the time I have left to chat with him.
I'm listening to Dance Music and feeling my feet tickly. Suddenly, I felt this extreme nostalgia about L. and the nights we spent having some drinks, dancing, laughing and breaking some hearts around... Memories of a time when everything was perfect or looked perfect. And that time seems incredibly far, now. How IRONIC... (caps lock dedicated to my cousin M., whith whom I had an interesting conversation about irony, today)
Theme for now: "Filthy Gorgeous" - Scissors Sisters (Paperfaces remix)
Quote of the day: «I'm always right. Even when I'm wrong.»
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home