Lu está: purgando a alma, como sempre
Escrever, seja o que for, é um eficaz purgante espiritual.
Escrever no blog, uma aventura que iniciei por acaso e com pouca seriedade, tem-se revelado quase tão catártico quanto as minhas frequentes incursões pelo texto narrativo e dramático.
Porém, quando as nossas palavras chegam aos outros, podem originar sarilhos...
Lá estou eu a recorrer à segunda pessoa do plural quando na verdade me refiro a mim.
A mim é que incomodam as perguntas sobre coisas cujo sentido é privado, bem como as avaliações precipitadas acerca do que escrevo.
Eu discorro sobre tudo o que de mim emana e tudo o que apreendo. Os meus rosários de pensamentos são colagens de pedaços de vida. Da minha, da tua, da nossa, da deles. Misturo pronomes e iniciais numa mescla de sentimentos pessoais e alheios, porque é assim que muitas situações se passam na minha cabeça e sempre foi assim.
Nunca pedi a ninguém que me percebesse.
E até prefiro que não percebam.
Prefiro que guardem as questões como um presente que deixo a todos.
É isto, só isto, que vos... que te quero dar através do meu blog.
Lu is: purging the soul, as always
Writting whatever is an effective spiritual purgative.
Writing on the blog, an adventure that I started by chance and not so serious about it, has been almost as cathartic as my frequent incursions into short stories and drama.
However, when our words reach others, they might bring troubles...
There I go using an "us" when I actually mean my only self.
It's me who gets bothered with questions about things whose sense is private as well as with the rash assessments about my writing.
I run over everything that emanes from me and everything I apprehend. My rosaries of thoughts are collages of life pieces. From mine, yours, ours, theirs. I blend pronouns and initials in a mash of personal feelings and feelings of others, because that's how many situations happen in my head and it has always been like that.
I never asked anybody to understand me.
In fact, I prefer that they don't.
I prefer that everyone keeps their questions as a gift I leave to all.
This is the only thing I want to give you though my blog.
Escrever, seja o que for, é um eficaz purgante espiritual.
Escrever no blog, uma aventura que iniciei por acaso e com pouca seriedade, tem-se revelado quase tão catártico quanto as minhas frequentes incursões pelo texto narrativo e dramático.
Porém, quando as nossas palavras chegam aos outros, podem originar sarilhos...
Lá estou eu a recorrer à segunda pessoa do plural quando na verdade me refiro a mim.
A mim é que incomodam as perguntas sobre coisas cujo sentido é privado, bem como as avaliações precipitadas acerca do que escrevo.
Eu discorro sobre tudo o que de mim emana e tudo o que apreendo. Os meus rosários de pensamentos são colagens de pedaços de vida. Da minha, da tua, da nossa, da deles. Misturo pronomes e iniciais numa mescla de sentimentos pessoais e alheios, porque é assim que muitas situações se passam na minha cabeça e sempre foi assim.
Nunca pedi a ninguém que me percebesse.
E até prefiro que não percebam.
Prefiro que guardem as questões como um presente que deixo a todos.
É isto, só isto, que vos... que te quero dar através do meu blog.
Aquilo que escrevi era só um código secreto de mim para mim passando inutilmente
por ti. É que tu não tens nada a ver com isto. Tens tudo. Só que tu não sabes,
nem vais saber, por isso são intrigantes, se alguém os leu, os meus rabiscos.
Pedro Paixão - "Dias de 1995"
Lu is: purging the soul, as always
Writting whatever is an effective spiritual purgative.
Writing on the blog, an adventure that I started by chance and not so serious about it, has been almost as cathartic as my frequent incursions into short stories and drama.
However, when our words reach others, they might bring troubles...
There I go using an "us" when I actually mean my only self.
It's me who gets bothered with questions about things whose sense is private as well as with the rash assessments about my writing.
I run over everything that emanes from me and everything I apprehend. My rosaries of thoughts are collages of life pieces. From mine, yours, ours, theirs. I blend pronouns and initials in a mash of personal feelings and feelings of others, because that's how many situations happen in my head and it has always been like that.
I never asked anybody to understand me.
In fact, I prefer that they don't.
I prefer that everyone keeps their questions as a gift I leave to all.
This is the only thing I want to give you though my blog.
What I wrote was just a secret code from me to me passing uselessly through you.
It happens that you have nothing to do with this. You have everything. But you
don't know, nor will. Therefore, if anybody read them, my scribles are
intriguing.
Pedro Paixão - "Dias de 1995"
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