Sweet Depression

É doce, é uma pressão constante... O blog de uma artista cronicamente deprimida... ou simplesmente deprimente. The blog of a depressive and depressing artist.

1/15/2004

Howdy ho!

O tempo: custa a passar
Lu está: na merda

Cá está Lu na blogosfera. E perguntam vocês: "Por que carga d'água é que a Lu está na blogosfera?". Ora, toda a gente tem um blog, porque é que eu não posso ter? Não sou menos que os outros... bem, ultimamente tudo me faz parecer que sou menos que os outros... Mas isso são outros quinhentos.

E perguntam vocês ainda: "Porquê doce de...pressão?". Simples, a minha vida é uma depressão permanente à qual tenho de me habituar (já me habituei). É minha, por isso tenho de a prezar. É um "bittersweet flavour", um «contentamento descontente» (grande Camões!), algo amargo que quero tornar doce... «senão, morrerei» (Maria Mariana)

Vamos agora à actualidade... Iraque? Terramotos? Pedofilia? Recessão económica? Nada disso. Eu estou supostamente a estudar para ser uma educadora da opinião pública, uma comunicadora, uma mediadora do real... Mas como me estou a cagar para a Comunicação Social e na verdade não estudo, falo da única pessoa de quem gosto no mundo: EU. «O blog é meu, faço o que eu quero» (Rui Melo).

Para variar, estou doente. Não há pedaço de comida que me pare no estômago mais do que 2 minutos. Por este andar, do corpo esbelto e escultural de bailarina que tenho (e viva a modéstia) vou passar a um corpo de anorética e depois morro de fome. Não acredito que passaram mais de 24 horas sem ter comido um chocolate. Algo vai mal dentro de mim.

O que me põe mais doente ainda é este sentimento de rejeição. É tentar perceber que mal é que eu fiz às pessoas para elas me abandonarem e tratarem com desprezo... e não conseguir perceber. É ter tanto para dar e vê-lo a ser constantemente rejeitado. Será para dar resposta a isso que rejeito a comida? As análises clínicas o dirão.
Das duas uma: ou eu sou mesmo ruim e ainda não me apercebi disso ou as pessoas no geral é que são todas ruins. Acredito muito mais na segunda hipótese e por isso é que uma das minhas principais resoluções para 2004 é deixar de gostar das pessoas. Não vale a pena; elas deixam-me sem mais nem menos, fria e cruelmente. Eu já tinha aprendido isso, mas há uns meses descuidei-me, esqueci-me e... "f*di-me".

A propósito de frieza e crueldade, dedico um pedaço de literatura dessa grande actriz e dramaturga Maria Mariana de Oliveira (adaptada por Margarida Vila-Nova) ao autor desta minha fase depressiva - um tal fulano que vive do outro lado do rio e acredita que reencarnou um herói: «merda, merda, merda, porra, paneleiro, caralho, foda-se!» Lindo, não é? Foi o que eu pensei dele, mas infelizmente enganei-me.

Por agora é tudo e acho que chega como apresentação. Não se queixem, porque eu avisei que era deprimente; leu quem quis. Aos morons que pensam em voltar a ler as minhas "postas", aguardem, 'cause I'll keep this thing updated. Desculpem, mas o inglês é a minha segunda obsessão, depois do sexo... Just kidding! Eu nunca tive sexo de jeito :oP.
Como diria o Arnaldinho Xuázenega: "Al bi báque".